23/02/2017

O PS-Braga, os jovens, a politica e o voto



António Fernandes 
Braga é uma cidade jovem. Coisa a estudar porque Braga é, uma cidade com cerca de dois mil anos de existência como tal. O que quer dizer que Braga será, das mais antigas comunidades organizadas a assumir liderança no caminho que até hoje nos trouxe em que dificilmente sobreviveríamos sem uma organização eficiente: na gestão dos recursos naturais; na permuta económica; na partilha de experiências; na hierarquização de toda a estrutura politica e social de acordo com a época; na gestão do espaço, do ambiente, da densidade demográfica e outros; na implementação dos meios necessários à vida em comunidade como o são: a ocupação profissional das populações; a educação; a justiça, a habitação; as infraestruturas viárias; assim como o tratamento dos surtos epidérmicos consequentes às fracas condições de salubridade resultantes da concentração, mas que hoje, no nosso Concelho, com uma gestão do Partido Socialista desde 1975 até 2013, a cidade de Braga conseguiu ultrapassar e resolver na totalidade.
Este breve histórico introdutório levanta a questão da cidade jovem porque, como sabemos, a cidade sempre foi uma cidade jovem por motivos relevantes como o são: os índices de natalidade e de mortalidade ao longo dos tempos até à década de 80 no anterior milénio; o nível médio de escolaridade e do conhecimento coletivo que teve uma evolução meteórica desde finais do século passado até à presente data; a evolução da ciência médica consequente; assim como a quarta revolução industrial já em transição para a sua quinta evolução que coloca desafios determinantes às sociedades do presente.
A cidade de Braga tem uma comunidade jovem com peso determinante na quantificação da sua população residente que importa dissecar na justa medida em que parte significativa dessa população é sazonal.
Uma população que se “muda” para a cidade por obrigação dos tempos atuais que são exigentes no grau de escolaridade curricular na variante do mercado de trabalho que é vital para o futuro destes jovens.
Para esta vaga de fixação residente temporária contribuem a Universidade do Minho, a Universidade Católica e outros estabelecimentos de ensino que, instalados na cidade, respondem aos desafios que se colocam a estas gerações e que já foram acima citados. 
Parte destes jovens, oriundos de meios mais pequenos, acabam por se instalar na cidade motivados pelas respostas locais existentes que lhes proporcionam qualidade de vida que nas localidades de onde são originários não tem.
A estes jovens junta-se a comunidade dos jovens locais de que resulta um equilíbrio etário tendencialmente favorável ao escalão abaixo dos 35 anos de idade.
Ora, presume-se, que entre outros fatores – matéria nunca discutida no seio do PS – poderá ter sido na comunidade juvenil. por atingir maioridade e não abdicar de exercer o seu direito de voto, que o PS perdeu as eleições, porque não soube acarinhar este segmento social nem tão pouco comunicar com os citados.
Feito um estudo, ao tempo, sem conteúdo académico, mas sobejamente ponderado, apurou-se que o numero de novos eleitores foi próximo do numero de votos perdidos.
Tendo em conta de que a abstenção se centrou na comunidade adulta e sénior, maioritariamente na “classe média”, agastada com a perseguição aos seus direitos pecuniários e aumento da carga fiscal mais as condições persecutórias dominantes, rompeu com a classe politica, independentemente do ato eletivo e não votou. Nuns casos por descrença absoluta na classe politica e noutros casos por manifesta dissociação para com uma atividade que ajuízam ser-lhes marginal.
Perante este cenário apura-se que o trabalho desenvolvido pelos partidos políticos junto das pessoas, das comunidades e demais órgãos, é nulo por ser desinteressante para os citados, ou, ou inexistente, que é o que acontece quando não estão no exercício do poder.  Trabalho esse a que o PS não pode enjeitar responsabilidades próprias uma vez que dele resultou ter perdido ato eletivo importante como o foi a eleição para a Camara Municipal de Braga.
Desta feita, importa saber se algo tem feito o PS para inverter a situação acima descrita.
Importa também saber se está a capitalizar as movimentações juvenis emergentes que em articulação com a sua comunidade se posicionam para discutir o ato eleitoral que se avizinha e que visa, precisamente, o Município de Braga e as suas Freguesias.
Aquilo que a mim, um simples militante, me parece, é que há condições para recuperar os votos perdidos num vasto universo que vai dos novos eleitores aos abstencionistas, em face do ótimo trabalho que o Governo da Republica aonde pontua exclusivamente O Partido Socialista sob a batuta de António Costa, mais a inercia de Ricardo Rio e de toda a coligação “Juntos por Braga, no Município de Braga.
Condições ímpares num contexto favorável que urge!